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Dezembro: Cores que Trazem Vida e Esperança ao Longo de Décadas

Dezembro é um mês onde a cor e a vida parecem encontrar uma nova harmonia. Com o vermelho vibrante, o verde que renova e o dourado que celebra, este mês traz uma oportunidade de dar sentido ao que nos rodeia. No entanto, muitas pessoas vivem imersas num vazio, num cinzento que parece esvaziar o brilho da vida. Como podemos usar estas cores, não apenas para enfeitar, mas para trazer um novo significado, preenchendo o que parece estar vazio?

 

A vida pode ser mais do que os automatismos diários. Quando associamos cores e flores aos momentos, damos a cada experiência a possibilidade de florescer com um novo sentido. Tal como as festividades de dezembro iluminam o ambiente, podemos aprender a iluminar a nossa própria vida com pensamentos, sentimentos e ações que transformam o dia-a-dia num espaço de mais luz e menos sombra.




 

As Cores de Dezembro: Reflexo da Vida

 

As cores tradicionais de dezembro — o vermelho, o verde e o dourado — são muito mais do que meros adornos festivos. Estas cores podem ser faróis que nos indicam como viver de forma mais plena e significativa. O vermelho é a cor do amor, da paixão e da energia vital. Representa o pulsar da vida, que tantas vezes esquecemos no ritmo acelerado ou nos momentos de escuridão. Quando paramos para sentir o vermelho à nossa volta, nas decorações ou no calor das interações humanas, redescobrimos a importância de dar vida às nossas emoções, de as vivermos plenamente e não de as silenciarmos.

 

verde, por sua vez, é a cor da esperança e da renovação. Como as plantas que resistem ao frio e florescem na primavera, nós também podemos olhar para cada dia como uma nova oportunidade de crescer, de renascer. O verde lembra-nos que, mesmo no meio da dificuldade, há sempre a possibilidade de transformar e revitalizar o nosso espaço interior. As pequenas escolhas, como trazer mais verde para a nossa casa ou associar esta cor a momentos de introspeção, podem ajudar-nos a ver o caminho para uma vida mais preenchida.

 

dourado, a cor da luz e da prosperidade, é a celebração do que há de bom na vida. Não falo apenas de riqueza material, mas da abundância emocional, da gratidão que podemos cultivar ao dar um novo significado às pequenas coisas que nos rodeiam. O brilho dourado de dezembro é um lembrete de que podemos iluminar as partes escuras da nossa vida, não com grandes gestos, mas com a apreciação diária do que temos e vivemos.



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A Vida ao Longo dos Anos: Transformação e Sentido

 

Quando olhamos para dezembro de 1960, o mundo ainda se estava a reconstruir. As cores de dezembro eram um símbolo de esperança e superação, mas muitas vidas estavam imersas no esforço de voltar ao normal após tempos de guerra. As famílias, apesar de unidas, viviam muitas vezes em silêncio emocional, com pouca abertura para explorar as nuances das suas experiências. O vermelho, o verde e o dourado simbolizavam mais o que se queria alcançar do que o que já se vivia.

 

Em 1981, o mundo mudava rapidamente. O consumismo começava a ocupar um lugar central nas festividades e a cor era muitas vezes associada à ostentação. Contudo, para muitas famílias, havia uma tentativa de preencher o vazio emocional com a compra de presentes. As cores festivas estavam lá, mas o significado emocional ainda se perdia, com poucas pessoas a parar para associar essas cores a momentos de conexão verdadeira.

 

Já em 2020, o vazio era sentido de forma diferente. Com a pandemia, muitas pessoas confrontaram-se diretamente com o negro das suas vidas: o isolamento, a falta de contacto humano, a ausência de cor nos seus dias. Mas também foi um ano em que muitos começaram a redescobrir o valor das pequenas coisas. O vermelho passou a simbolizar o amor à distância, o verde foi a esperança num mundo pós-pandémico e o dourado tornou-se a gratidão pela saúde e pelas pequenas conquistas diárias.

 

Dezembro de 2024: Uma Nova Perspetiva

 

Agora, em 2024, temos a oportunidade de transformar as cores de dezembro em algo mais do que um reflexo exterior. Podemos usá-las como metáforas para o que queremos sentir e viver. O vermelho é a nossa capacidade de amar e de nos envolvermos emocionalmente. O verde é o renascimento constante das nossas esperanças e dos nossos sonhos. O dourado é o brilho que escolhemos ver na vida, mesmo nos momentos mais difíceis.

 

A vida está cheia de momentos que podemos encher de cor. Mesmo quando sentimos que estamos mergulhados no vazio, podemos dar significado às pequenas coisas que nos rodeiam — associar uma cor a uma emoção, uma flor a um desejo. Quando escolhemos ver a vida através destas lentes, a escuridão que tantas vezes parece dominar a nossa mente e o nosso coração começa a dissipar-se.

 

Conclusão: Dar Cor à Vida

 

Seja há 60 anos, 43 anos ou apenas há 4 anos, as cores de dezembro sempre carregaram um simbolismo profundo. Mas cabe-nos a nós, hoje, dar-lhes novo sentido. Podemos transformar o vermelho, o verde e o dourado em mais do que simples decorações: podemos usá-los para preencher a nossa vida de propósito, de emoções verdadeiras, de momentos de reflexão.

 

Tal como uma flor que floresce apesar das adversidades, podemos aprender a dar cor aos nossos dias. Mesmo quando o mundo parece estar mergulhado em sombras, há sempre uma cor que podemos escolher. Que este dezembro e todos os dias que se seguem,sejam uma oportunidade de encher a vida com mais cor, mais flores e mais significado. Porque, afinal, a vida não precisa de ser vivida no negro.

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